Lesão associada do menisco e LCA

O prognóstico da ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) melhorou muito nas últimas décadas, a partir do aperfeiçoamento nas técnicas de cirurgia e reabilitação. Mesmo assim, continua sendo responsável pelo fim de muitas carreiras esportivas.

A lesão associada no menisco acontece em aproximadamente 75% dos casos de rompimento do LCA e interfere tanto na reabilitação pós-operatória como no prognóstico do problema. Elas são mais comuns nas lesões ligamentares crônicas.

As lesões no menisco são muito diferentes umas das outras e exigem tratamentos diversos.  E isso está devidamente abordado em um artigo específico sobre a lesão no menisco.

Sempre que possível, o cirurgião deve optar pelo reparo em vez da retirada do fragmento meniscal lesionado. Com o menisco cicatrizando adequadamente, a biomecânica do joelho fica preservada, e o prognóstico se equipara a uma lesão isolada do Ligamento Cruzado Anterior.

O adiamento no tratamento cirúrgico do LCA não apenas leva a um aumento na frequência de lesões associadas no menisco, como faz com que muitas das contusões, que antes teriam possibilidades de serem reparadas, agora precisem ser ressecadas. Quanto maior o fragmento de menisco retirado, maior o risco de evolução futura para artrose no joelho e menor a probabilidade de retorno esportivo pleno.

Quando o paciente é submetido à retirada do menisco (meniscectomia), a reabilitação pós-cirúrgica segue o mesmo protocolo das lesões isoladas do Ligamento Cruzado Anterior. Já a sutura do menisco pode exigir que a mobilidade e o apoio do peso sobre o joelho sejam restritos no início da recuperação.

Caso você tenha realizado a sutura no menisco, é importante que esta informação seja repassada ao fisioterapeuta e que você questione o médico quanto às eventuais restrições na movimentação do joelho e no apoio do peso sobre a perna operada.