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Tratamento inicial da lesão do Ligamento Cruzado Anterior

Quando uma pessoa rompe o Ligamento Cruzado Anterior, o joelho fica inchado e dolorido, o movimento fica restrito e o apoio do pé no chão bastante limitado. Passados alguns dias, estes sintomas se resolvem, mas a perda de força e de massa muscular será evidente.

Quanto mais prolongado este processo de dor e limitação funcional, maior será a perda de musculatura. Independentemente se o tratamento definitivo será cirúrgico ou não cirúrgico, a recuperação da musculatura é fundamental para o bom funcionamento do joelho. Infelizmente, porém, essa recuperação é muito mais lenta do que a perda.

O objetivo do tratamento inicial visa, justamente, minimizar estes sintomas de fase aguda. Com isso, a perda de massa muscular será menor, o que tornará as fases seguintes da reabilitação muito mais fácil e rápida.

Mesmo no caso de pacientes com indicação para a cirurgia, o ideal é que se aguarde tempo o suficiente para que o inchaço e a dor sejam minimizados e que o movimento esteja o mais próximo possível do outro joelho. Isso facilitará muito a recuperação após a cirurgia além de evitar complicações como a artrofibrose.

Não existe um tempo exato para dizer quando o joelho está “pronto” para ser operado. Contusões ósseas, lesões de outros ligamentos (especialmente o Ligamento Colateral Medial) e a evolução individual de cada caso contribuem para uma maior ou menor necessidade de adiamento da cirurgia. A decisão se baseia muito mais em como está o joelho do que no tempo decorrido desde a lesão.

 

Como é feito o tratamento na fase aguda?

O tratamento inicial envolve o uso de muletas, gelo, compressão e elevação da perna machucada. A fisioterapia deve ser iniciada tão cedo quanto possível e medicações anti-inflamatória devem ser consideradas nos primeiros dias.

 

1. Muletas

O uso de muletas visa oferecer a proteção necessária para que não ocorra mais dano secundário ao joelho além daquele determinado pelo trauma inicial. O ideal é que o paciente caminhe da forma mais parecida quanto possível do que antes da lesão, mas com o peso apoiado mais nas muletas e menos na perna machucada.

Conforme a dor melhora, o peso vai sendo transferido mais para a perna e menos para as muletas, até que o paciente se sinta confortável para largar as muletas.

 

2. Gelo

A aplicação de gelo visa a melhora da dor e do edema. Ele deve ser utilizado por 20 a 30 minutos a cada duas ou três horas. Isso deverá ser repetido com intervalo não menor do que duas horas e nem deverá ser estendido além dos trinta minutos. Calor local não é indicado nesta fase inicial.

O gelo nunca deve ser aplicado diretamente sobre a pele, mas sim protegido por um filme plástico ou pano, pelo risco de queimaduras na pele. Passados 3 ou 4 dias da lesão, o gelo continuará sendo útil para a melhora da dor, mas não será mais necessário manter uma disciplina tão frequente de aplicação.

 

3. Elevação da perna

A elevação do joelho lesionado ajuda a minimizar a formação de edema, ajudando a ter uma recuperação mais rápida; isso será importante principalmente nos primeiros dois a três dias.

 

4. Medicações analgésicas e anti-inflamatórias

O excesso de inflamação produz radicais livres e pode ser causa de um dano secundário no local da lesão, de forma que o uso de medicações anti-inflamatórias nos primeiros dias após o trauma é mais do que justificado. Por outro lado, a inflamação faz parte do processo de cicatrização, de forma que prolongar o uso dessas medicações tende a atrasar a recuperação do joelho.

Assim, como regra geral, recomendamos o uso de medicações anti-inflamatórias nos primeiros 3 a 5 dias após a lesão. Caso necessário, elas deverão ser substituídas por analgésicos simples depois deste período.

 

5. Punção do joelho

Alguns pacientes apresentam grande derrame articular devido ao acúmulo de sangue dentro do joelho. Além de ser uma causa importante de piora da dor, o derrame articular restringe a mobilidade do joelho e a capacidade do paciente caminhar. Dependendo do volume deste derrame articular, a punção do joelho poderá prover uma melhora significativa deste quadro.

 

6. Fisioterapia

A fisioterapia na fase aguda ajuda no processo de analgesia (melhora da dor), recuperação da mobilidade articular e reativação da musculatura do quadríceps, que tende a ficar dormente após a lesão. Mesmo em casos com indicação para cirurgia, a fisioterapia ajudará a preparar o paciente para o procedimento, o que influenciará de forma definitiva na recuperação pós-operatória inicial.

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