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Lesão do Ligamento Cruzado Anterior associado à Lesão do Ligamento Colateral Medial

A combinação mais comum de lesões multiligamentares no joelho envolve o rompimento do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e do Ligamento Colateral Medial (LCM).

Quando as lesões acontecem de forma isolada, o mais comum é que a do LCA seja tratada cirurgicamente, e a lesão do LCM seja tratada sem cirurgia. Isso porque o potencial de cicatrização das lesões é diferente. Um dos motivos é que o Ligamento Colateral Medial, por estar localizado fora da articulação do joelho, tem bom potencial para cicatrização.

Já o Ligamento Cruzado Anterior tem uma capacidade menor de cicatrização. Isso acontece em virtude de o LCA ser pouco vascularizado, o que limita a quantidade de células de reparo que chegam até a lesão.

Além disso, o ligamento está localizado dentro da articulação, onde o líquido sinovial torna o ambiente menos propício para a cicatrização. Nas lesões combinadas, a necessidade de reconstrução cirúrgica do Ligamento Cruzado Anterior é pouco contestada.

O que muda é com relação ao Ligamento Colateral Medial, que passa em alguns casos a ter indicação cirúrgica. O Ligamento Cruzado Anterior é um restritor secundário da estabilidade medial, de forma que a instabilidade gerada pela lesão combinada é maior, com o potencial para cicatrização sendo menor.

Ao mesmo tempo, uma eventual instabilidade residual – decorrente de uma cicatrização incompleta do Ligamento Colateral Medial – aumenta a demanda sobre o LCA recém-operado, aumentando o risco de falha.

 

Medidas e tratamento

Em regra, seguimos uma rotina frente a uma contusão do LCM, pautada em algumas medidas. Nas lesões Grau I, o tratamento tem os mesmos princípios da lesão isolada do Ligamento Cruzado Anterior, operando-se o mesmo quando o joelho estiver sem dor e com a mobilidade recuperada. A diferença é a possibilidade de  um tempo ligeiramente maior para recuperar a mobilidade e criar as condições ideais para a cirurgia ser realizada.

Nas lesões grau II, o paciente deve usar uma órtese imobilizadora por 3 a 6 semanas, buscando a cicatrização do Ligamento Colateral Medial. Quando o movimento e a estabilidade medial do joelho tiverem sido recuperados, o Ligamento Cruzado Anterior é reconstruído.

As lesões Grau III têm maior potencial para a recuperação incompleta e instabilidade persistente, colocando o LCA recém-operado sob maior risco. O tratamento pode ser cirúrgico ou não cirúrgico. Isso depende da idade e atividade esportiva do paciente e, principalmente, da localização da lesão.

Quando a lesão ocorre na inserção distal (tibial), há uma ruptura da cápsula medial, de forma que o líquido sinovial penetra sob o ligamento e impede a adequada cicatrização ao osso. São lesões que tendem a ser tratadas cirurgicamente.

Já as lesões que acontecem na inserção proximal (femoral) se caracterizam pela cápsula articular ficar preservada e a lesão apresentar bom potencial de cicatrização. O tratamento é semelhante ao descrito nas lesões de Grau II, porém com o tempo mais prolongado de imobilização.

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